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18.6.07

vejo por entre o vidro sujo,
mil coisas numa só a fervilhar.
metamorfose, estranho dealbar...
um velho novo ser a ser vivido.

toco ao de leve o horizonte
camuflado de cristal translucido:
barreira infinita e inquebrável,
toco o despertar sem o sentir.

debruço um segundo o pensamento,
perdendo a razão e o momento.
flutua aqui tão perto, ali tão longe,
a coisa incandescente que incendeia...

ardem letras e ardem flores.
ascendem aos ceus cinzas às cores.
é o mundo pervertido, com sentido.
é mais um tudo e nada desmedido.

... a ver vamos o que é.


GMR
17.06.07
01:00AM

13.6.07

luz de céu

são luzes,
são sombras...

rectílineas,
redondas...

são sonhos,
certezas.
medos e ilusões...

são ferros em fogo e
ondas do mar...

são dois corpos unidos,
uma alma a voar...

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