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23.3.06

sou candidato a presidente da JSD Guimaraes em lista unica.

ja sei que ganharei, antes das eleiçoes acontecerem. neste momento pesa-me a herança que o Rui Armindo Freitas me deixou. cabe-me a ardua tarefa de manter o patamar de qualidade na intervençao politica a que a JSD habituou Guimarães e os Vimaranenses.

estou motivado para trabalhar nesse sentido. conto com uma equipa jovem e com muita vontade de trabalhar para me ajudar a fazer uma JSD ainda melhor.

por fim, o agradecimento:

obrigado por tudo, Rui. para mim serás sempre presidente.

3.3.06

acabei de ver "o crime do padre amaro" e deixo aqui as minhas notas sobre o filme (claro que as deixo aqui, onde havia de as deixar?!)

- filme anti clerical "convicto": das poucas semelhanças com a obra original de eça. no entanto, o escritor tem muito mais arte para satirizar, ironizar e chamar a atenção para o que pretende do livro. o filme ultrapassa em muito o livro no ataque à igreja católica;

- demasiado superficial em questões que podiam ter sido mais exploradas nesta adptaçao, nomeadamente no que diz respeito:
ao aborto,
à conflitualidade nos bairros problemáticos (mormente na relação policia/criminosos),
à caridade da elite social como meio para atingir um fim meramente mediático,
ao papel da igreja católica em ambientes muito hostis;
ao celibato.

- não é um filme erótico, é um filme sexual: o filme alimenta-se do sexual (principalmente da figura de soraia chaves) no primeiro plano, secundarizando o enredo;

- excelente interpretação de rui unas, diogo morgado, nicolau breyner e ana bustorff;

- boa escolha para a banda sonora, com muitos grupos portugueses.

resume-se o filme com uma frase varias vezes repetidas:

"antes de padre, és homem."

achei este filme abaixo do razoável (apetece-me dizer mau, mas pronto...) principalmente pela cegueira no ataque à igreja e pelo excessivo conteúdo sexual, que diminuiu um argumento potencialmente óptimo.

2.3.06

Vivi nesta minha noite o alentejo
Trajado de palhaço, freira e sevilhana,
De pirata e camionista tatuado.
Vivi um alentejo transformado
Em mil e uma formas todas suas.

Vivendo a festa rija e a ternura
da hospitalidade alentejana,
sonhei o sonho estranho de uma pura,
crua e dolorosa dor que dura...

Sonhei um calmo ventre confortante,
espelho dessa planicie que perdura
ate ao limiar do horizonte.

Sonhando caminhei por esse campo
coroado por dois montes,
por dois seios.

Sonhei ver-te inteiro dessas moitas,
pleno da calma vida palpitante
que emana da arada terra quente.

Sonhando vi tua face num instante
repetida mil vezes todo o dia:
o verde dos teus campos
nos teus olhos
e o ouro das cearas
nos cabelos;
o rubor do teu sol
nesses teus labios
e o branco dessa paz
na tua pele.

Sonhei um alentejo que é mulher.
Senti um sentimento que é humano.
Vivi um sonho novo já sonhado.
Vivo-o agora mesmo sem querer...

Sonhando descansei minha cabeça
Entre teus seios firmes,
delicados.

Sussurrei, confessando, a saudade
desse teu corpo eterno nunca meu,
e dessa estranha alma alentejana
que hei-de levar comigo para o céu.

(from Campo Maior with love.)

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